quarta-feira, 13 de abril de 2011

Ceafro lança documentário sobre argentinos(as) negros(as)

O CEAFRO, programa do Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO) da Universidade Federal da Bahia (UFBa), lança na próxima 5ª feira, dia 14 de abril, às 18h30, o documentário Comédia Negra de Buenos Aires – Teatro afro-argentino, dirigido pelo cineasta e poeta argentino, radicado em Salvador, Carlos Pronzato. O filme dá visibilidade a facetas do processo de exclusão racial dos negros/as argentinos/as, a partir de depoimento de Carmen Platero, que, junto sua irmã Susana, criou a Comédia Negra, na década de 80.

O lançamento acontecerá no auditório Milton Santos, na sede do CEAO/CEAFRO, na Praça Inocêncio Galvão, Largo Dois de Julho, em Salvador. Após a exibição do documentário haverá uma mesa de debate que contará com a presença de Carlos Pronzato, do diretor e ator de teatro e coordenador do Coletivo de Atores Negros Abdias do Nascimento (CAN), Angelo Flávio, e da atriz e diretora teatral Fernanda Júlia.

Carmen e Susana Platero são netas do primeiro escrivão negro do país, Tomás Bráulio Platero e elegeram o teatro como espaço capaz de denunciar o racismo na Argentina e de promoção da inclusão da história e cultura negras naquela sociedade. Carmen relata ao antropólogo Alejandro Frigério a história da Comédia Negra, suas conquistas e embates.

O documentário, com 37 minutos de duração, permite algumas comparações, decorrentes do processo de negação do povo negro na diáspora. Enquanto no Brasil se 'criou' o mito da democracia racial, na Argentina, difundiu-se a idéia de que lá não existem mais negros/as. Na verdade, o povo negro argentino sofreu vários processos de genocídio, tendo sido os principais escolhidos a lutar pelo país nas várias guerras latinas e, assim, tornaram-se os primeiros desaparecidos do país, representando hoje, algo em torno de, apenas, 7% da população. Há poucos meses a população negra argentina realizou o seu 1º congresso nacional. Cópias do documentário serão vendidas no dia do lançamento por R$15,00.


Fonte :  Instituto Mídia Étnica / Correio Nagô

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